Psicologia do Stress

Archive for julho 2011

    O sonambulismo é um distúrbio do sono que faz com que a pessoa caminhe ou faça outra atividade como falar ou gesticular em um estado semiconsciente. Ocorre em sua maioria em crianças de 6 a 12 anos de idade.

Existe também os casos de predisposição genética, porém esta não garante que o sonambulismo ocorrerá, apenas indica uma maior probabilidade de que ocorra.

O sono envolve estágios diferentes que variam de sonolência leve até o sono profundo. O sonambulismo ocorre mais freqüentemente durante o sono profundo, nas primeiras horas da noite, mas pode ocorrer também no sono perto de manhã.

Nas crianças, dentre as possíveis causas estão fadiga, ansiedade e até febre. Nos adultos, ele pode ser uma resposta ao stress intenso, ansiedade, reações a drogas, álcool ou certos medicamentos.

O stress é um fator freqüentemente observado nos casos de sonambulismo. A presença de fatores desencadeantes não pode ser encarada como suficiente para causar os episódios de sonambulismo, embora seja necessária. Geralmente, são muitos os fatores que desencadeiam o sonambulismo, e não apenas um individualmente.

O stress causa um estado de tensão que afeta o organismo como um todo e possibilita vários estado patológicos do sono, não apenas o sonambulismo.

Alguns remédios podem ser prescritos para tratamento do sonambulismo, como antidepressivos tricíclicos e clonazepam. Além, é claro, do tratamento do stress com psicoterapia, e, se for o caso, medicamentos associados.

Aconselha-se remover itens perigosos e trancar portas e janelas antes de dormir para reduzir os riscos de acidentes, bem como evitar a diminuição do período de sono.

      O sono é um período necessário de descanso para o corpo. O tempo de duração varia de acordo com cada pessoa, sendo de maior duração na infância e diminuindo com a idade. A insônia é o sono inadequado, ou de baixa qualidade, por motivos variados.

Estudos internacionais mostram que ficar vinte e quatro horas sem dormir afeta o desempenho mental. Outras pesquisas revelam ainda que a falta de sono prejudica a memória.

A insônia afeta a capacidade de concentração e conseqüentemente o trabalho, deixando a pessoa insone, mais preocupada e estressada. Todas estas questões trazem um ciclo de insônia e stress que precisa ser combatido.

O stress e a preocupação são os maiores fatores prejudiciais da qualidade do sono, porém a reação ao stress depende muito da pessoa. Alguns traços de personalidade predispõem à insônia, como insegurança excessiva e rememorar lembranças continuamente.

Quem sofre de insônia deve estar atento pois o stress pode ser uma das principais causas da sua insônia.

Dentre as principais formas de se combater a insônia está o combate ao stress, dentre os outros fatores que causam o problema. É aconselhável a busca de um psicólogo e um neurologista, ou clínico geral. Quando a insônia não é combatida, ela pode se agravar com o tempo.

Todos têm uma ideia do que é stress e dos males que pode causar à nossa saúde. Costumamos ouvir dizer que quando uma pessoa fica “estressada”, ela costuma ter determinadas dores ou reações físicas e psicológicas diferentes de outras pessoas. Logo, o stress é sim um fenômeno individual, na medida em que a reação ao stress varia de acordo com o organismo.

Esse é um dos motivos pelos quais, nesses casos, tomar um medicamento para um determinado tipo de dor não basta, já que o remédio irá combater o sintoma físico, mas a dor irá voltar quando o stress voltar. Cada stress é único e não há remédio sob medida para cada stress.

Logo, a psicoterapia se apresenta como uma possibilidade de cura plausível, não dispensando a medicação, caso necessário, pois trabalha o individuo e o efeito do stress sobre o mesmo, não apenas a doença separadamente.

Pode-se dizer que o stress coletivo é aquele sentido pelos membros de um grupo e possui uma origem comum. Aquele grupo tem uma mesma fonte de stress, mas os efeitos deste stress dependem do organismo e da psiquê de cada pessoa.

As psicoterapias contra o stress em grupos costumam ter bons resultados, pois o problema é trabalhado coletivamente por pessoas que sofrem com o stress e a discussão é mediada por um psicólogo, compartilhando experiências e dificuldades, bem como modos de combate ao stress.

Sendo a terapia individual ou em grupo, ela é essencial para o stress crônico ou patológico, na medida em que leva a pessoa a se encontrar consigo mesma, trabalhando não apenas o stress, mas também suas causas e outras questões individuais pertinentes.

RELACIONAMENTO NÃO É ROTINA

Saiba o que não fazer para deixar seu relacionamento cair na rotina. E, caso tenha, como sair dela

Por Amauri Eugênio Jr.

Rotina. Verbete que designa, no dicionário, “itinerário habitual” e, também, “hábito de fazer uma coisa sempre do mesmo modo, mecanicamente. Repetição monótona das mesmas coisas”. Ou seja, de acordo com o que é possível notar, semanticamente falando, a rotina está intrinsecamente ligada ao tédio.

Atualmente, na sociedade pós-moderna, um dos principais aspectos que podem ser observados, empiricamente falando, é o tédio (não, não se trata do “tédio” inerente ao Romantismo), o “vazio existencial”. Enfim, a falta de uma motivação para ter uma vida, digamos, feliz. Na maioria dos casos relacionados ao tédio, a “rotina” é sempre eleita como a principal vilã. E ela também deixa marcas em relacionamentos.

Pois bem, sair da rotina é preciso, seja em âmbito profissional, subjetivo e, especialmente, no que diz respeito aos relacionamentos. Como é notório, por meio do senso comum, a mesmice, repetição de atos e de fatos, com o passar do tempo, tendem a desgastar o relacionamento (além da toalha sobre a cama e das peças íntimas femininas no box, é claro). Logo, não são raras tentativas de fugir do vazio existencial e virar-se para encarar o “estranho”, como David Bowie cantou um dia. Algumas se tornam dignas de se tornarem roteiros de programas de humor, como “Os Normais”, “Separação?” e “Cilada”, todos da TV Globo.

No entanto, o vazio existencial permeia o cotidiano de muitos casais, direta ou indiretamente, de maneiras variadas. Em âmbito cinematográfico, um exemplo clássico de como a rotina pode “minar” a vida de um casal, aos poucos, é o filme “Foi apenas um sonho”, co-protagonizado por Kate Winslet e Leonardo DiCaprio. E, antes que cogite qualquer coisa sobre, não se trata de uma continuação do blockbuster “Titanic”.

Dirigido por Sam Mendes (marido de Winslet, na vida real), a trama ambientada nos anos 50, retrata um casal bem-sucedido, integrante da típica classe média estadunidense, que acaba sendo “submergida” no já veementemente citado vazio existencial (e na mal-fadada rotina), por conta da estrutura conservadora e frustrante da estrutura sócio-comportamental dos EUA daquele período. São visíveis fragmentos de frustração e falta de novas perspectivas no relacionamento do casal, durante a trama. Portanto, veja a seguir dicas para fugir da rotina e, consequentemente, do vazio existencial e do tédio.

Cotidiano “engessado”

“As obrigações do dia a dia são, em geral, as mesmas como horários de trabalho, contas a pagar, casa para arrumar. Isso leva as pessoas a uma rotina. Quando se passa muito tempo numa determinada rotina, as coisas do dia a dia deixam de ser novidades e nos condicionamos a uma determinada forma de agir”, explica a psicóloga Carine Eleutério, criadora do blog “Psicologia do Stress”, no qual aborda inúmeros aspectos relacionados ao estresse cotidiano, sobre os principais fatores que condicionam o casal a cair na rotina.

Sua opinião é compartilhada pela também psicóloga Silvana Parreira, que traça um paralelo entre o início da relação e seu andamento com o passar do tempo. “O casal precisa lembrar que é muito fácil conquistar uma pessoa, mas é muito difícil fazer com que ela permaneça apaixonada por você”, completa.

Todavia, cada casal tem uma maneira própria de encarar a rotina e, para Silvana Parreira, aprender a conviver com ela é necessário, sem deixá-la resultar no desânimo e no interesse bilateral, o que pode ser nocivo à relação. “A rotina pode ser negativa quando a relação já está em crise. Quando há comunicação e uma boa relação entre o casal, os efeitos negativos serão pequenos”, ressalta.

Alternativas para fugir da rotina

Ao contrário do que se busca na sociedade pós-moderna, não há fórmulas prontas, tampouco “receitas de bolo” para problemas sócio-comportamentais. Menos ainda para solucionar problemas em relacionamentos. Apesar disso, não são raras as vezes em que publicações desse estilo estão em listas de “livros mais vendidos”. Muitas vezes, até mesmo como best sellers. Todavia, nada na vida tem uma espécie de “resposta pronta” e não o seria com relacionamentos, certo?

Pois bem, no que diz respeito aos relacionamentos, a melhor maneira para sair da rotina é, digamos, óbvia: quebrando-a. Como dizer “eu te amo” em um momento inesperado, por exemplo. Não se prender a datas comemorativas como dia dos namorados, aniversário da parceira(o) ou do início do relacionamento, por exemplo, para surpreendê-la(o).

“Para quebrar a rotina, se retiram atividades desagradáveis ou se estabelecem atividades agradáveis no tempo livre, se isso for possível. Para evitá-la, de fato, deve-se usar o tempo livre para sempre arranjar atividades diferentes e agradáveis”, explica Carine Eleutério, sobre possibilidades para se quebrar a rotina. Ainda sobre o assunto: “Inovações são bem vindas como, por exemplo, surpreender a(o) parceira(o). Noites românticas, namorar em lugares diferentes. O casal deve sair sozinho, mas também escolher um dia na semana em que ambos saiam com seus amigos, pois quando se encontrarem após esse encontro vão ter novidades para conversarem”, comenta Silvana Parreira.

Por fim, como já diz um ditado popular: “é melhor prevenir do que remediar”. E é exatamente esse o caso, no que diz respeito a relacionamentos. A melhor maneira para não deixar o relacionamento cair no vazio existencial é evitá-lo. A rotina, de fato, faz parte da vida, mas “quebrá-la”, com relativa frequência, é necessário. “É preciso trabalhar os motivos e a agenda das atividades para não cair no comodismo e alguns atos no esquecimento e, assim, não ter uma vida com uma rotina difícil de ser compartilhada na vida a dois, porque a rotina sempre vai fazer parte da vida”, finaliza a psicóloga Silvana.


A autora: Carine Eleutério

Psicóloga formada pela UFC (Universidade Federal do Ceará) e mestranda da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo) em Educação e Saúde na Infância e Adolescência, com projeto de pesquisa na área de stress e tenho como intuito através deste Blogger informar e divulgar os resultados da minha pesquisa com o meio acadêmico e com o grande público, bem como orientar e tirar dúvidas sobre stress, respondendo perguntas e recebendo sugestões de melhora.

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